Projeto "Blogs das mamães"
A Johnson & Johnson norte-americana está quase lançando (previsto para o final deste ano) o seu diretório de blogs de mamães.
A idéia é reunir em um único portal todas as mamães blogueiras para formar uma comunidade de troca de experiências e histórias. “Amplificar a voz das mamães on-line“, conta o portal.
Não é preciso lançar um blog para divulgar sua marca, e a J&J está explorando o seu nicho de mercado mais valioso de uma forma moderna. O extinto “Blog da Mamãe Pampers“, inciativa brasileira de uma das principais concorrentes da J&J no ramo de fraldas infantis, acaba de ficar um pouco mais para trás.
Para quem não acredita que existam mamães blogueiras e super entusiasmadas com seus pupilos, experimentem buscar no Google o termo “blog da mamãe“. Um mercado e tanto.
A queda do "networking"…
… e a chegada de sérios problemas para as empresas brasileiras.
Todos sabemos a importância que existe em uma boa base de contatos, e principalmente das propriedades de conhecimento e inteligência que um bom “networking” pode proporcionar na nossa vida profissional. Se tenho uma dúvida no trabalho, e conheço alguém que pode me ajudar, basta acioná-lo para tentar solucionar o problema.
É essencial.
Em consultoria, o compartilhamento de conhecimento por meio do fácil acesso às fontes de informação é crucial para a sobrevivência do negócio.
Por outro lado…
… temos nas empresas brasileiras uma onda que se opõe a esse tesouro interpessoal. Os departamentos de TI juntamente com as lideranças da empresa estão cortando o acesso a conteúdos de comunidade como o Orkut, o MSN Messenger, Skype, e até mesmo a blogs.
Isso está isolando nossos profissionais e dificultando o processo de solução de problemas do dia-a-dia das operações. Inclusive dentro das próprias empresas que, cortando esses serviços, muitas vezes isolam as próprias equipes e departamentos internos.
As empresas precisam balancear os benefícios dessas ferramentas comunitárias com os abusos (e o brasileiro abusa pra caramba) no uso das mesmas.
É algo para se pensar e discutir.
O Blog da Polícia
Enquanto o livro não vem, vamos continuar explorando algumas curiosidades do mundo dos blogs. Aqui no Brasil, estamos falando de uso de blogs na educação e blogs corporativos. Lá nos Estados Unidos, essa semana só vai dar o recém-inaugurado Blog oficial do Departamento de Polícia de Los angeles (LAPD).
“Por meio deste blog, a LAPD espera manter um diálogo aberto com as comunidades que atendemos e aqueles que têm interesse nos homens e mulheres dessa organização” – Palavras do Chief William J. Bratton em sua mensagem de boas vindas.
É o blog para a segurança da comunidade. E no Brasil? Será que comentaremos algo relacionado em breve?
Primeiro CEO Blog brasileiro?
Melhor época para o lançamento do livro.
Algumas semanas atrás começaram a circular notícias de que o CEO do HSBC, Emilson Alonso, inaugurou no começo de abril/2006, um blog para comunicação interna dos funcionários e troca de sugestões / reclamações.
“Eu tenho página no Orkut há três meses, e existem várias comunidades sobre o banco. Mas, como é um ambiente público, eu não posso, por exemplo, responder a questionamentos que surgem, até por uma questão de política da empresa. O que é diferente com o blog, que é interno”, diz Alonso.
Mais do que o Blog do CEO, ele já possui até o Orkut do CEO.
HSBC, altere a política e abra este blog para o público externo!
Que notícia formidável.
Fonte do texto itálico: Folha de S.Paulo – 14/04/2006
Blog Corporativo – O Livro
Finalmente tenho novidades para vocês. O livro se encontra na gráfica e deverá estar pronto em cerca de duas ou três semanas. (Veja a capa ao lado).
Próximos passos serão ações de marketing e divulgação, por isso gostaria de contar com a ajuda de vocês para que essa notícia possa se espalhar. Vocês estão vendo a capa em primeira mão, são exclusivamente as primeiras pessoas a saberem dessa novidade. Postem sobre o livro, coloquem um link para o blog oficial (BlogCorporativo.net), avisem amigos, comentem.
Marquem o blog oficial nos seus favoritos ou assinem o feed RSS ou email para acompanhar o pré-lançamento. Todo conteúdo sobre blogs em empresas passará a ser postado nesse endereço.
Agradeço desde já.
Muito obrigado a toda a comunidade de blogópolis.
A pirâmide inversa da criminalidade
A pirâmide ao lado foi obtida na apresentação do General Alberto Cardoso na 3a. Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos.
A criminalidade na comunidade permeia uma fatia maior da população, e portanto consiste a base da pirâmide. Os níveis de criminalidade vão aumentando e o número de envolvidos na população diminuindo, até o Crime Organizado no topo, que são comandados por pessoas de maior nível intelectual e de maior poder através de organizações criminosas ou cargos importantes.
Portanto temos:
Mais larga a pirâmide = Maior número da pessoas envolvidas
Mais no alto da pirâmide = Maior o crime
A criminalidade pode ser combatida e ter seus devidos procedimentos penais e jurídicos, afim de se evitar a impunidade. No Brasil poderíamos representar a impunidade com a inversão da pirâmide. Crimes hediondos, crimes de alto valor envolvido, crimes políticos, e outros se situam ainda no topo, porém com a largura da pirâmide maior, pois estamos falando de grandes somas de dinheiro envolvido.
Concluindo:
Mais larga a pirâmide = Maior soma de dinheiro envolvido
Mais no alto da pirâmide = Maior a impunidade
O Brasil perde muito dinheiro para o seu crescimento porque estamos prendendo e mantendo presas as pessoas erradas.
Onde você é sempre bem vindo
Em algum lugar do passado estávamos falando de como a Internet tornou economicamente viável a consulta pública sobre qualquer assunto.
Alguns websites aproveitam esse atributo para oferecer os mais diversos serviços de “Inteligência da massa”. É uma avalanche de opções ajudando qual decisão tomar nas mais diversas situações, ou iluminar suas idéias. Estão todos em prateleira: é chegar, acessar e utilizar os seus serviços grátis na maioria dos casos.
Exemplos:
http://www.reevoo.com/ – Antes de comprar veja opiniões sobre produtos, eles já testaram antes para você.
http://www.reviewcentre.com/ – Outro exemplo de opiniões sobre produtos.
http://www.epinions.com/ – Mais um website de opiniões.
http://www.judysbook.com/ – Opiniões sobre locais para ajudar o seu planejamento de viagens.
http://www.extratasty.com/ – Proponha drinks e veja as opiniões de outros usuários sobre outras batidas e coquetéis.
http://www.homethinking.com/ – Antes de decidir qual imóvel comprar, veja o que falaram dele ou dos seus corretores.
http://www.stumbleupon.com/ – Opiniões sobre páginas da Internet e sugestões.
http://answers.yahoo.com/ – Pessoas reais respondendo perguntas de outras pessoas reais.
E o melhor da lista na minha opinião:
http://www.brainreactions.net/ – Coloque sua pergunta e deixe a comunidade dar sugestões neste Brainstorm virtual.
20 definições para BLOGAR
Quebrando a idéia nacional (no Brasil os internautas ainda enxergam assim) de que blogar é escrever o seu dia-a-dia na web como um mero diário, dou destaque para Debbie Weil e seu Blogwrite for CEOs, ela tem méritos.
E atenção empresários, o blog é o mais novo canal de contato com o consumidor, e de comprovada eficiência (ainda em modesto crescimento no Brasil). Pode ser usado tanto ativamente (fazendo seu próprio blog), quanto passivamente (lendo o que estão falando do seu produto em outros blogs). Experimente comparar sua marca ou produto com outro, ou pesquisar o nome da sua empresa no Technorati, e veja o que estou falando.
Blogar é…
#1 Uma forma inédita e autêntica de auto-expressão
#2 Uma ferramenta de publicação instantânea
#3 Um jornal online com conteúdo atualizado
#4 Jornalismo amador
#5 Algo que está revolucionando a web (pense no RSS)
#6 Uma maneira de criar uma comunidade com os seus eleitores ou leitores
#7 Uma alternativa para meios de comunicação em massa
#8 Uma ferramenta para ensinar aos estudantes como escrever melhor
#9 Uma nova maneira de se comunicar com seus clientes
#10 Uma nova forma de gestão de conhecimento em grandes companhias
#11 Uma maneira para pessoas se comunicarem umas com as outras
#12 Algo para mantê-lo ocupado quando você está desempregado
#13 Uma maneira de pensar e escrever em poucos parágrafos ao invés de um longo ensaio (o qual ninguém tem mesmo tempo de ler)
#14 Um email seu para todo mundo (uma maneira de se manter em contato com a família e amigos)
#15 Uma palavra boba que é engraçada de se dizer (“Vou blogar agora… “)
#16 Uma maneira de escrever com uma voz e personalidade distintas
#17 Algo para conversar em festas e coquetéis (“Eu bloguei uma idéia da Cris, e ela blogou uma idéia minha de volta…”)
#18 Um endereço web para você adicionar em seu Currículo
#19 Alguma coisa a mais para fazer com seu telefone celular (veja audio blogging e moblogging)
#20 Algo que você não quer que sua mãe saiba (veja o texto aqui e o interessante PostSecret)
Marketing 2.0
Alguns tipos de marketing surgiram ou ganharam força através da Internet, ou mais precisamente, com a nova onda “Web 2.0” (crescimento dos blogs, ferramentas de personalização de idéias e assuntos acessíveis, wikis, propagandas e outros). Os principais estão listados abaixo:
Marketing Boca-a-Boca – É fazer com que as pessoas falem do seu produto para outras de maneira intencional, convencê-las de recomendar seu produto. Essa é a forma de marketing mais tradicional dentre as listadas aqui, e que foi muito impulsionada pela Internet.
Buzz Marketing – É criar uma sensação ou novidade em cima do seu produto e assim fazer com que a mídia e qualquer outro canal exponha ao máximo essa novidade. É criar bastante visibilidade do seu produto, de maneira que as pessoas sempre ouçam falar dele nos mais diversos tipos de canais. Um marketing boca-a-boca muito eficiente se torna um buzz marketing (Marketing Zumbido).
Marketing de sua marca em blogs – É o uso de blogs empresariais para falar sobre o seu produto, serviço ou novidades em torno deles. É uma janela aberta com possibilidade de interação com seus clientes. É uma forma da empresa se tornar transparente e acessível. FastLane é o famoso blog da GM, e a Debbie Weil publica um blog sobre Blogs de CEOs
Marketing de Guerrilha – É o uso de diversas maneiras de espalhar sua mensagem quando o orçamento está curto. Um exemplo fraco disso é a colar cartazes pela cidade, um exemplo forte e eficiente é o uso de mensagens em harmonia com a paisagem urbana, como este exemplo.
Marketing Viral – É a criação de mensagens interessantes e divertidas, que coloquem o leitor(cliente) em posição de vantagem perante amigos e desconhecidos, dando uma oportunidade de espalhar exponencialmente a sua mensagem usualmente via e-mail, blogs e web, atingindo um grande número de pessoas. Veja essa matéria.
Marketing de Nicho – Construir comunidades e nichos específicos que criem um tipo de ligação íntima entre seu produto e o cliente, e uní-los através de outras comunidades. É uma aproximação do tradicional marketing 101 (um a um). Na web, a teoria do long tail (cauda longa), demonstra a tendência desse marketing.
Além desses, existem logicamente diversas outras maneiras e soluções para passar a mensagem. O importante é, como diz Seth Godin, contar uma historinha que faça o cliente contar uma história a si mesmo e comprar.
Meninos em Perigo
Por Henrique Úchida Rezeck
“Não existem fatos isolados. Tudo está ligado a tudo”
Carl G. Jung
A repetição de um fato grave em uma comunidade é sintoma de que muitas coisas não vão bem.
Num espaço de quatro anos, dois garotos tiveram suas cabeças esfaceladas em dois acidentes em Poços de Caldas: 04/10/2000 e 24/11/2004. Em ambos os casos, circulavam de bicicleta quando foram atropelados por ônibus.
Isto serve como evidência mais do que explícita de que nossa sociedade não sabe cuidar nem proteger suas crianças e seus adolescentes.
Lembro-me de uma ocasião em que, preocupado com estas ocorrências, liguei para a gerente de uma rede de padarias do centro da cidade e informei a ela que seria bom para a segurança dos entregadores o uso de capacetes e bicicletas com olhos de gato nas laterais, frentes e traseiras, além de espelhos retrovisores. Muito embora ela concordasse, nenhuma dessas providências veio a ser tomada. As pessoas podem ser, por vezes, deveras inconseqüentes…
É importante que aperfeiçoemos nossa educação no trânsito, tanto quanto a sinalização, mas, principalmente, nós precisamos deixar de achar que é impossível proteger nossos menores e começar a dedicar tempo a APRENDER a cuidar deles. Não é vergonha assumir que não sabemos, mas é irresponsabilidade nos negarmos adquirir tal conhecimento. Para mães, pais e outros educadores um bom começo pode ser a ESCOLA DE PAIS, QUE É GRATUITA.
Chama-me a atenção, entretanto, a maior incidência de problemas entre os jovens do sexo masculino. Enquanto preparava “Listening to Boys’ Voices” (Ouvindo a Voz dos Garotos), um de seus estudos que mais tarde se tornaria livro, o Dr. William Pollack, do Centro Para Homens do Hospital McLean, um departamento da Faculdade de Medicina de Harvard, e membro fundador da Sociedade Para o Estudo Psicológico dos Homens e da Masculinidade da American Psychological Association, descobriu novas evidências que apoiavam sua percepção de que muitos garotos hoje enfrentam sérios problemas. O quadro é alarmante:
“No sistema educacional os meninos têm duas vezes mais chances que as meninas de serem rotulados “incapacitado para a apreendizagem”, constituem até sessenta e sete por cento das turmas de “educação especial”, e em algumas instituições têm até dez vezes mais probabilidade de serem diagnosticados portadores de uma desordem emocional grave – principalmente a desordem do déficit de atenção (para a qual muitos tomam medicação forte com efeitos colaterais potencialmente perigosos). Enquanto a significativa lacuna nas notas das garotas em ciências e matemática tem melhorado bastante, os resultados apresentados pelos garotos em leitura têm diminuido substancialmente. Estudos recentes também demonstram que não apenas a auto-estima dos meninos é mais frágil que a das meninas e que a confiança deles como alunos está menor mas também que os meninos são consideravelmente mais propensos a se envolverem em problemas disciplinares, serem suspensos de aulas ou abandonarem totalmente os estudos.
“Os meninos estão com sérios problemas também fora da escola. A incidência de depressão entre os garotos de hoje é chocantemente alta, e as estatísticas revelam que os garotos têm até três vezes mais chances de serem vítimas de crimes violentos (com excessão de estupro) e entre quatro a seis vezes mais probabilidade de cometerem suicídio…”
Não sei se há dados de semelhante natureza em nosso país, mas não é muito difícil perceber que aqui também os meninos desenvolvem comportamentos destrutivos, incluindo alcoolismo ou abuso de drogas, e se envolvem em acontecimentos trágicos muito mais freqüentemente que as meninas.
Os garotos de hoje estão em crise. Na superfície, muitos aparentam ser durões, confiantes e animados mas, por dentro, muitos estão tristes, solitários e confusos.
As mensagens contraditórias que a sociedade lhes envia acabam por coloca-los em risco, hoje mais do que nunca.
Os garotos se escondem por trás de uma máscara de independência, o que não apenas os impede de conhecerem suas verdadeiras personalidades, mas também impede que nós os conheçamos. Esta máscara é uma exigência de nossa cultura machista.
Nós ainda dispensamos aos nossos meninos o mesmo tipo de educação superficial e grosseira de há 500 anos. Uma educação que não sabe valorizar seus sentimentos , não sabe respeitar suas fraquezas e, portanto, espera que o rapazinho seja um projeto de super-herói! Trata-se de uma pedagogia com conceitos de masculinidade absolutamente equivocados.
Como resultado, o menino sofre calado, enquanto a menina conta com permissão para chorar suas angústias no colo dos pais. Esperamos que o menino resolva seus problemas por conta própria, mas quando a garota tem alguma dificuldade, as pessoas a sua volta se apressam em ajudá-la.
A distorção de nossa cultura interrelacional chegou a tal ponto que hoje é imprescindível que os garotos contem com algum tipo de ajuda específica para sí.
O Canadá é um dos lugares onde já existem programas de assistência a jovens do sexo masculino. A medida é também pragmática: pretende evitar gastos previdenciários futuros com famílias que perdem cedo demais pais e maridos.
Nós também podemos criar grupos de apoio aos jovens do gênero masculino, mas quem tiver a responsabilidade de gerir esta tarefa deverá ter sólida formação em psicologia e em relações humanas.
A responsabilidade pela segurança e pelo bem estar dos meninos e das meninas é de TODOS NÓS.
Henrique Úchida Rezeck é professor de Inglês Como Língua Estrangeira e interessado em questões de gênero, educação emocional e cidadania.
Referências:
- Jornal da Mantiqueira
- Jornal da Cidade
- Pollack, W. S. (1998), “Real Boys: rescuing our sons from the myths of boyhood” – Random House. Publicado no Brasil sob o título “Meninos de Verdade”
- Pollack, W.S. e Cushman, K. (2001). “Real Boys Workbook – The definitive guide to understanding and interacting with boys of all ages.” – Villard Books
- Revista Veja
- Escola de Pais