25 produtos que podem mudar o mundo
Publicado pela BusinessWeek essa semana, o slideshow que mostra os 25 produtos que podem mudar o mundo é fascinante. Eles incluíram inclusive o SkySails que apresentei aqui no começo de 2008 e um dispenser de bicicletas que cheguei inclusive a usar quando estava na Holanda.
E já que é para falar de slideshows da BusinessWeek, vale uma espiada na lista dos melhores em design em 2009. Nem tem graça com a Apple.
Por que não postei isso no Twitter já que são apenas links?
Porque os posts de blog duram mais e ainda causam mais impacto. Quem me segue nem sempre lê o que escrevo por lá, mas aqui a história é diferente. Abraços!
Testemunho de que crowdsourcing funciona
Recebi um email do Douglas no qual ele compartilha a experiência que teve com crowdsourcing. Ele tem um projeto de loja online e queria criar o design da mesma de forma profissional e de alta qualidade. Ao ver que as ofertas disponíveis no mercado eram caras, ele optou por usar o site Guerra Creativa para ajudá-lo.
Segue a história dele seguida por 15 dicas preciosas para quem pensa em usar esse tipo de serviço:
Sem dúvidas, poderia dizer que Guerra Creativa é o melhor crowdsourcing.
Verifiquei os concursos em vigência e fiquei muito impressionado com a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelos web designers. Me senti seguro em lançar um concurso e publiquei um resumo com as instruções para o projeto de uma aplicação e-commerce. Estipulei o valor do prêmio em 895 dólares. Esta quantidade era maior que os outros concursos, mas sabia que se colocasse um valor maior ia atrair os melhores web designers. Paguei 34,99 dólares pela taxa de inscrição, estipulei um prazo de 3 semanas e já recebi muitos trabalhos. Em 3 dias já tenho 29 projetos de 13 web designers e ainda faltam 18 dias para o término do concurso.
Por que alguém pagaria mais por um designer quando você pode escolher vários? Eles produzem desenhos gráficos e logotipos como qualquer outra empresa de design gráfico que já vi. Estou pensando em dedicar uma ou duas horas por semana, para enviar feedback para os designers. Em contrapartida, uma empresa de design gráfico faria isso por mim de acordo com a regra deles e não com as minhas, teria também que agendar reuniões dependendo das agendas de outras pessoas. Estou ansioso para ver o resultado final e também confiante de que vai ser exatamente o que eu tinha imaginado.
Veja o andamento do meu concurso.
Aqui estão 15 dicas pessoais de crowdsourcing de design web para seu próximo projeto:
1. Faça um informativo sucinto e motivador. Inclua o resumo geral do projeto e as necessidades mais importantes. Você também deve definir os aspectos que você quer, e aqueles que você NÃO quer.
2. Como em qualquer competição, quanto maior o prêmio, maior quantidade de desenhos você irá receber. Inclua detalhes sobre a empresa onde você trabalha e um número de telefone para que o designer possa ter certeza de que vai ser remunerado quando encerrar a competição.
3. Solicite arquivos que não estão sujeitos às leis de copyright.
4. Faça os designers se sentirem mais confortáveis mostrando-se disponível para enviar feedbacks ou para discutir brevemente o projeto em questão.
5. Seja honesto com os feedbacks, isso irá assegurar que você consiga a melhor criação.
6. Lembre-se de utilizar a escala de avaliação abaixo de cada projeto. Não dê avaliações elevadas imediatamente. Dando altos índices de imediato vai dar a impressao de que você se satisfaz muito rápido e não tem muita ambição de esperar por trabalhos melhores.
7. Valorize o relacionamento com os designers durante o andamento da competição. Eles estão trabalhando duro para criar desenhos de acordo com suas especificações. É aconselhável responder às suas perguntas, elogiá-los e orientá-los para conseguir um ótimo trabalho. Não insulte os designers.
8. Fique atento com as cópias. Trabalho que não seja original não é ético, não é profissional e não deve ser recompensado.
9. Alguns participantes poderão enviar projetos fora da competição. Não os aceite – o divertido do crowdsourcing é que todos podem contribuir e participar.
10. A medida que a competição se aproxime do final, avise o criativo que trabalhou em seu projeto que sua criação está entre as melhores. Comunique qualquer alteração que você gostaria de ver no seu projeto. Isto irá motivá-lo e te dará a certeza de que você vai obter um resultado satisfatório.
11. Esteja aberto a novos projetos, mesmo se você já definiu o vencedor. O objetivo do crowdsourcing é obter diferentes perspectivas e opiniões de gente diferente – não desperdice a oportunidade! Você poderá se surpreender!
12. Compartilhe o possível projeto ganhador com amigos, familiares, colegas ou clientes. Pergunte suas opiniões para que você possa ter alguma ajuda na decisão final.
13.Quando a competição terminar e você tiver escolhido um projeto vencedor, notifique o vencedor e agradeça-o por seu árduo trabalho.
14. Agradeça a todos os designers que competiram.
15. Exiba seu novo logotipo ou web design! Certifique-se de que todo mundo sabe o que é um cara inteligente (como se já não soubesse)! Você tem um grande projeto, por um preço incrível, e em um curto espaço de tempo.
Valeu Douglas e boa sorte!
Nos comunique quando sua loja estiver de pé.
Mundo descartável
Enquanto aproveitava o calor das minhas férias na Espanha e tentava ficar distante da gripe eu passei uma considerável parte do tempo esbravejando com a minha câmera fotográfica. Já é minha segunda câmera depois que as fotos se tornaram digitais. A primeira funcionou exatos 1,5 anos enquanto que a segunda já tem 1 ano e está começando a dar sinais de que alguma coisa não vai bem. A marca é Sony. Das duas. Tanto que até comprei uma filmadora da JVC para ver se a marca tem algo haver com isso.
O fato é que os produtos estão cada vez mais descartáveis.
Produtos descartáveis por preço – É lógico que a evolução tecnológica dos nossos tempos substitui rapidamente os produtos por opções melhores em funcionalidade ou design com preços competitivos. A Lei de Moore é um dos exemplos mais lúcidos dessa rapidez e também ajuda muito entender a comoditização da indústria eletrônica. Aqui temos produtos perdendo seu valor comercial rapidamente e isso confronta diretamente com a constante luta das empresas para buscar a próxima melhoria tecnológica e assim manter seus resultados financeiros e com o fato de que se eu pago pouco por algo, facilmente vou considerá-lo descartável. Sendo assim, sempre teremos um novo modelo com preço superior ou igual e a descontinuidade dos que já não valem mais a mesma coisa. Assim é a indústria. E isso se aplica a impressoras, monitores, celulares e assim por diante.
Produtos descartáveis por durabilidade – Unindo isso a um cenário de mundo saturado, onde os consumidores com poder aquisitivo já possuem aquele produto e um apenas é suficiente, é preciso fazer alguma coisa que continue estimulando o consumo. Das duas uma: ou os pobres devem enriquecer para conseguir ter acesso ou os produtos precisam ter uma vida mais curta. E é nessa última que mora meu argumento porque não tem muita empresa por aí ajudando os pobres para seu próprio bem. Quando minha primeira câmera quebrou prematuramente eu vi isso como uma boa oportunidade para dar um upgrade. E é meio nessa linha que as empresas devem querer que pensemos.
Não que isso relacione diretamente a essa discussão toda, mas me lembro também da criação de embalagens maiores para estimular o aumento do consumo. Por que no McDonald’s temos menu médio e grande e não pequeno? Pra quê embalagens de Coca Cola de 3 litros?
Eu entendo que produtos com tecnologia complexa são mais sucetíveis a falha, chips velozes se aquecem mais e podem danificar-se mais facilmente ou mesmo botões e design modernos que satisfazem o cliente podem utilizar materiais menos resistentes e mais leves. Mas também antevejo que viver numa realidade mais descartável, mesmo que a exploração comercial não seja o problema, gera muito mais lixo e recicla menos.
Até onde vão os limites da durabilidade, preço, consciencia ambiental e nossa vaidade?
Minha intenção não é levantar uma bandeira de conspiração da indústria a favor da ganância financeira. Eu ficaria feliz se minha primeira câmera digital funcionasse daqui alguns anos para comparar tecnologias ou mesmo para, puro e simplesmente, usá-la, assim como posso fazer com a velha Yashica TL Electro-X do meu pai.
Novo ano, novo design (nem tanto)
Mudei o layout da página. Na verdade deixei ela alinhada com o modelo usado no Serendipidade (meu outro blog). Não é preguiça de criar um design novo para o blog do livro, é mais no intuito de deixar um design único com identidade de cores diferentes para um mesmo autor. Sim, eu sei que o logo acima à esquerda não está de boa qualidade, não sei se vou fazer algo a respeito.
Aproveitando, desejo um 2009 repleto de bons acontecimentos e conquistas!
Fúria de embalagens
Ao entrar hoje na página principal da Amazon para pesquisar alguns livros me deparei com um aviso sobre wrap rage na parte central da página e que tomava boa parte do espaço. Wrap rage é o termo em inglês que descreve a raiva e frustração que temos ao tentar abrir os produtos que acabamos que comprar. Particularmente odeio aquelas embalagens plásticas duras que embrulham pequenos dispositivos eletrônicos como um mouse, uma webcam ou um fone de ouvido. Sem faca ou tesoura é impossível abrir.
Admiro o interesse da empresa em colocar os seus itens mais vendidos em embalagens mais ecologicamente corretas e fáceis de abrir. É uma atitude de respeito ao meio ambiente e ao consumidor. Além disso, é uma questão de segurança uma vez que a raiva na tentativa de abrir uma embalagem impenetrável pode cortar as mãos, deixar o produto cair no chão e quebrar, ou no momento da ruptura, fazer com que nossos braços acertem outras coisas ao nosso redor.
A empresa disponibiliza também uma galeria de vídeos e fotos sobre o assunto e convida seus clientes a enviarem seus próprios vídeos. Videocassetadas que redem polêmicas. Uma comunidade virtual interessante. Dá até pra render um website 2.0 sobre o tema. Você já se sentiu frustrado alguma vez?
No mundo que capitaliza os problemas nós já encontramos a solução, ou melhor, a cura. Um alicate dedicado totalmente para o descarrego das suas desavenças com as embalagens. Baby é um mundo super.
Fotos: CBS News e Wrapragecure.com
Consumidores querem conversar com as empresas
A ExpoTV encontrou em um estudo recente que os clientes querem conversar com as empresas. Veja os principais pontos encontrados:
– 55% dos clientes querem um diálogo constante com a marca;
– Uma empresa que se demonstra disposta a conversar com seus clientes experimenta aumento nas vendas e na fidelidade: 89% dos entrevistados seriam mais fiéis se as empresas os convidassem para participar de um grupo de discussões, e 92% disseram que recomendariam a empresa se tivessem uma experiência positiva no diálogo com ela;
– Perguntados com quem dentro de uma empresa eles gostariam de conversar, 49% disseram que com o departamento que cuida de desenvolvimento e design de produtos. 14% com o suporte ao cliente, 14% com o marketing e 13% com que cuida dos preços;
– Mais de 60% dos entrevistados contariam para 10 ou mais pessoas uma experiência positiva com uma marca;
– 93% dos entrevistados disseram que conversariam com as empresas concorrentes que estão abertas ao diálogo quando sua primeira escolha não estiver interessada neles;
Alguém aí conhece um canal de comunicação para habilitar esse diálogo que os clientes tanto querem?
Fonte: Adrants
Blog Corporativo e gestão da marca



Trabalhando na atualização do Blog Corporativo Wiki eu topei com três blogs corporativos. Olhe a cara de cada um e pense a respeito do template/design do blog, as cores da sua empresa e logotipo.
Os blogs são da Ertech Systems, da Megalan e da FocusNetworks, todas de São Paulo.
Cada um dos blogs buscou utilizar cores que correspondiam com a identidade da sua marca, mas nenhum dos dois blogs é único. Cores e template se repetem. Não considero um erro grave até porque as empresas não são concorrentes diretos. Houve um esforço e isso por si só é positivo, nem todos tem que saber configurar páginas para botar sua voz no mercado. Essa é a lição aqui.
Além do mais, exitem casos piores de falta de identidade. Mas ainda assim, o fato de estar conversando com o mercado é o que importa. Mas isso é só o começo.
O próximo passo é conquistar a unicidade.
Sua marca é única? – Acredito que isso é uma das primeiras coisas que um empreendedor busca no mercado, se destacar perante os concorrentes.
Sendo assim, se você quer ser único, comece pelo o que o mercado olha quando olha para sua empresa. Seu blog inclusive.
Update – Mais dois exemplos idênticos para ilustrar: e-Press e Sparnet. Ambos hospedados no WordPress.com
Maior desenho do mundo é falso e o vírus da internet é bonzinho
A Wired andou questionando a veracidade do desenho e no final o artista acabou admitindo na própria página do suposto projeto que tudo não passa de pura ficção e que ele fez isso como parte de seu trabalho de graduação em Propaganda e Design Gráfico no Beckmans College of Design.
Além disso, a galera não perdoa e encontrou o “O mundo é minha tela” na rede – um site lançado pela Nokia para promover o N82. Lógico que todo mundo disse que o artista do maior desenho estava copiando, mas, segundo ele, o projeto já estava em andamento quando o The World is My Canvas entrou no ar.
No final todo mundo saiu ganhando. A DHL por ter deixado filmar seu centro de distribuição, o artista que ficou conhecido no mundo todo, a escola de design por criar essas “mentes brilhantes” e, de quebra, até a Nokia…
Quando o conteúdo da mensagem é adequado, o vírus da internet é benéfico. Não é malvado como o Influenza.
Para onde vai o olho?
Os chamados estudos de “eye-tracking” são muito utilizados por agências e departamentos de marketing para identificar o que as pessoas olham primeiro num anúncio. O blog Virtual Hosting divulgou 23 lições aprendidas nesses estudos no que diz respeito ao design de um página web. Traduzindo:
- Texto atrai mais atenção que figuras ou gráficos.
- O movimento inicial dos olhos se concentra no canto esquerdo superior da página.
- Usuários inicialmente olham para a porção superior esquerda da página antes de mover para baixo e para a direita.
- Leitores ignoram banners.
- Formatação e estilos de fonte sofisticados são ignorados.
- Mostre números e não números por extenso.
- O tamanho da fonte influencia o comportamento do observador.
- Usuários só olham para o sub-título se for interessante a eles.
- Pessoas geralmente rastreiam porções mais baixas da página.
- Parágrafos curtos funcionam mehor que os longos.
- Formatos de uma só coluna funcionam melhor na fixação dos olhos que formatos multi-colunas.
- Propagandas na área superior esquerda da página irão receber mais fixação dos olhos.
- Propagandas colocadas ao lado d melhor conteúdo da página são vistos mais freqüentemente
- Anúncios de texto são vistos com mais atenção na maioria das vezes que os outros tipos.
- Imagens maiores chamam mais atenção.
- Rostos nítidos nas imagens atraem mais fixação dos olhos.
- Títulos atraem os olhos.
- Usuários gastam bastante tempo olhando botões e menus.
- Listas seguram a atenção do leitor por mais tempo.
- Grandes blocos de texto são evitados.
- Formatação pode chamar a atenção.
- Espaço em branco é bom.
- Ferramentas de navegação funcionam melhor quando colocadas no topo da página.
Algumas das sugestões acima são melhor entendidas quando lemos a explicação na página de origem.
Mão na massa
Muitos dos leitores de Serendipidade conhecem o Springwise – um blog que busca apontar inovações em diversas áreas relacionadas a produtos, serviços e relacionamento.
Todo mundo está farto de saber que a distância entre uma empresa e seus clientes já quase não existe mais. Essa “união” trouxe uma nova série de possíveis vantagens e desvantagens para ambas as partes. Pelo menos do lado da empresa, o que pode abrir novos horizontes em pesquisa e desenvolvimento pode, por outro lado, prejudicar na imagem perante uma comunidade de consumidores insatisfeitos que reverberam a situação no mundo on-line.
Enquanto tem um monte de empresa perdendo os cabelos tentando encontrar uma forma de se conectar eficientemente com seus clientes, alguns aproveitam o desejo dessa massa ansiosa por comunicação para dar a eles o que eles estão pedindo: meter a mão no produto ou serviço – no matter what.
Pegando emprestado dois websites apresentados pelo Springwise para ilustrar o que digo:
- Customer Service – A empresa não atende você? Você tem dúvidas de como usar o Twitter, Facebook ou qualquer outra coisa? Deixe sua mensagem que os próprios usuários te ajudarão. Esse é o Satisfaction. Desdobrar para produtos físicos não está tão longe.
- Melhorias no produto – Esse aqui é Holandês. Se o design ou a funcionalidade de um produto não te satisfaz e você sabe como resolver a parada, você pode botar a boca no trombone e dizer como poderia ser melhor. Essa é a proposta do RedesignMe!
- Outros exemplos: O povo ajudando a fazer um filme, desenhar um logo, ajudando uma banda lançar um disco, plantar oliveiras, fazer vinho, fabricar whisky, ajudando quem precisa, criando eletrônicos, e assim por diante…